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Mato Grosso

MT: Laudo aponta que menina sequestrada desenvolveu ansiedade após primeiro episódio e precisa ser afastada do pai


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Um parecer psicológico apresentado pela defesa da enfermeira Marina Pedroso Ardevino, mãe da menina de 8 anos que há 100 dias foi levada pelo pai, o advogado João Vitor Almeida Praeiro Alves, em descumprimento a ordem judicial, aponta que a vítima desenvolveu ansiedade após a primeira vez que foi separada família materna. Além disto, na conclusão do laudo, a profissional orienta que a menor seja afastada do convívio com a família paterna, em razão dos muitos prejuízos trazidos a ela por conta dos episódios corriqueiros.

Consta no documento que o objetivo do parecer é expor os danos que um afastamento abrupto de uma mãe da filha que vivem juntas pode deixar na família e principalmente na criança.

A menina começou a ser acompanhada pela psicóloga no fim de abril deste ano, onde passou por 12 sessões, que foram interrompidas por conta da ausência dela em Cuiabá. A profissional revela que tentou contato com o advogado, para poder conhecê-lo e também saber seu ponto de visto sobre a ansiedade da menor.

Porém, o advogado negou o contato, por questões que ambos têm na Justiça referente a guarda da menor. Tal fato, conforme a psicóloga, prejudica os cuidados, sendo que a maior impactada é a garota.

A criança tem fortes sintomas de ansiedade, que desenvolveu após a separação abrupta anterior que teve da mãe do irmão. “Uma criança que passa por uma situação dessas sem ser preparada antes, pode sofrer graves consequências emocionais, agravando ainda mais a ansiedade que x vem apresentando desde a última vez que o pai fez isso com ela e a mãe”, diz trecho do documento.

O afastamento, conforme a profissional, traz grandes prejuízos para o desenvolvimento cognitivo/comportamental/emocional dela.

Ainda segundo o documento, a mãe não apresenta nenhum mal para a menina. “Desta forma, não faz sentido algum o pai privar a mãe do contato com a filha”.

No fim, a profissional conclui que teme o “agravamento e a volta dos sintomas da ansiedade na menina, prejudicando o seu desenvolvimento emocional, social e acadêmico, consequentemente também como foi visto anteriormente, após o pai fazer isso o que está fazendo hoje”.

A psicóloga sugere aproximação de contato imediata com a mãe e o irmão; acompanhamento psicológico imediato para as crianças e os pais, como forma de lidar com a tensão gerada pelo processo vivenciado pelos envolvidos e afastamento do pai, para que isso não se repita, pois traz muitos prejuízos na vida da menor.

A criança foi entregue ao pai, o advogado João Vitor Almeida Praeiro Alves, no último dia 18 de julho, com quem  a enfermeira tem guarda compartilhada. No entanto, ela não foi devolvida e está desaparecida há cem dias. João é advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e com registro suplementar em São Paulo.



Segundo a mãe, a família tem percebido lentidão no andamento do processo tanto em Cuiabá quanto em São Paulo. Ela questiona o fato de, até agora, não ter havido um pedido de, pelo menos, apresentação da menina em uma unidade policial, para atestar que ela esteja bem.

Marina ainda contou que João praticava abuso psicológico contra ela quando a filha do casal era recém-nascida, utilizando o fato de ser filho do defensor público estadual de Mato Grosso Air Praeiro como ameaça de que nada que ela fizesse teria efeito contra ele.

“A intenção dele, do pai, da dona Lilian e do Air [avô] sempre foi tirar a minha filha de mim. Eu sofro com isso desde que minha filha era recém-nascida. Eu precisei entrar com medida protetiva porque eu sofria violência psicológica. Ele enfiava o dedo na minha cara e falava ‘se alguém pegar a minha filha no colo, você vai ver, eu vou fazer o maior barraco. Nada vai acontecer comigo porque eu sou filho de defensor público”, relatou.

Sobre as declarações que o advogado teria dado de que I.P.P.A. sofria abusos na guarda com a mãe, Marina disse que é mentira. Segundo a enfermeira, o pai passou a fazer tais declarações logo após ela ter solicitado a medida protetiva contra ele. “Eu quero deixar bem claro aqui que a minha filha nunca foi abusada. Nunca foi abusada física e muito menos sexualmente como o pai dela vem falando. Ele entrou com processo em 2016 por maus tratos porque eu precisei entrar com medida protetiva contra ele antes. Que pai em sã consciência ia procurar a mãe, que fala que praticava suposto maus tratos com a filha, pra querer entrar num acordo?”, questionou.

Audiência presencial

A justiça designou para o dia oito de novembro audiência com a menor I. P. P. A. O advogado João Vítor Almeida Alves Praeiro é acusado de não ter devolvido a filha de oito anos para a mãe, a enfermeira Marina Pedroso Ardevino. O cumprimento da audiência depende do comparecimento da menor.

Informação foi divulgada pela advogada Ana Lucia Ricarte, que está auxiliando a mãe na discussão judicial. Manifestação, por meio de carreata, realizada no último dia 14, pediu a imediata devolução da criança. A mãe, Marina, disse neste terça-feira (26) que não tem nenhuma notícia ou garantia de que João cumprirá a determinação.

Olhar Direto

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